Começo de janeiro tive uma experiência bem revigorante. Então se segurem na cadeira pois hoje o post é lon-goo mas achei interessante descrever o dia que tive ;)
Fui convidada para participar de um desafio da Gazeta do Povo em Curitiba que sairá na Revista Viver Bem exatamente hoje. Ainda não vi o resultado mas logo falo a respeito ;) (*já vi, muito legal a reportagem e ficaram lindas as fotos, obrigada Luan Galani e Letícia Akemi*)
Já comentei por aqui que estou morando em Santa Catarina agora mas adoro um motivo que me leve à capital paranaense.
Como estamos em plena temporada de verão e tô completamente envolvida com as atividades na
Casa Torquato, tive que planejar uma viagem bem rápida.
Muito do que faço e mostro por aqui envolve o reaproveitamento de materiais ou a repaginada nas peças que já se tem e atualizá-las (vc mesmo!) ao gosto do freguês.
Essa é uma proposta que reflete um estilo de vida que tenho adotado nos últimos anos. Não quer dizer que tuuu-do que tenho é feito dessa forma mas que existe sim a preocupação com o descarte fácil e o consumo sem limites.
Ultimamente minha vida pessoal e profissional se uniram de uma tal forma, sempre guiadas pelos ideais em que acredito, que quando me dei conta tudo em minha volta se transformou.
O que quero dizer com todo esse falatório é que questiono mais os valores das coisas, penso em mais de uma utilidade para uma mesma peça, repenso o que é chamado de cafona, revejo a relação custo/benefício/tempo (sim, porque às vezes vc não precisa que algo dure pra sempre)... e essa preocupação não é apenas com decoração, isso se estende no modo de viver, eu diminuí o uso do carro, valorizo o trabalho artesanal, não sigo moda, me preocupo com o bem estar dos bichos e por aí vai.
Por isso a minha ida rápida para Curitiba foi tão revigorante pois ela foi do começo ao fim, condizente com esses ideais.
De cara, fui pra lá sem carro. Fiquei hospedada uma noite num hostel muito charmoso que fica no centro histórico de Curitiba no Largo da Ordem, é o
Curitiba Hostel. Logo quando cheguei, dei de cara com uma escada toda em madeira que parecia um portal para outras épocas. O café da manhã fica num salão que dá visão para todos os prédios antigos da área e também, da igreja. O último piso do hostel foi dividido em vários cômodos pequenos que eles chamam de cápsulas (nesse momento lembrei do Japão!), não é bonito mas é prático, limpo, pronto para dormir depois de um dia de trabalho ou passeio.
Em seguida, fui para a rua Riachuelo (a pé pois é bem pertinho), vi as lojas de móveis usados e escolhi as peças. Meus critérios para escolha foram: algo que fosse acessível e eu mesma pudesse transformar só que em UM DIA, pois no dia seguinte seria a produção pras fotos e a minha volta. Escolhi uma cadeira de madeira envergada e assento de palhinha, perfeito para colocar em prática meus dotes manuais em bordado (sqn ;). E, a outra peça, foi uma mesinha com os pés torneados que seriam perfeitos para brincar com as alturas das cores.
A questão toda seria, onde trabalhar(???), já que não moro mais em Curitiba e no hostel não haveria espaço... pois é pra isso também que existem os coworkings! Consultei o
Aldeia Coworking antes, para saber se haveria problema pois, afinal, tinta e spray são bem fáceis de sujar mas deu tudo certo. Á tarde (fui à pé também, é perto!) trabalhei nas peças escolhidas que ficaram prontinhas para o dia seguinte.
Para finalizar, no dia seguinte a produção foi numa loja com um conceito muito legal,
Endossa. É uma loja colaborativa, cada quadrado de exposição é o espaço de vendas de uma marca. As fotos e os itens escolhidos para a produção foram todos de lá.
Depois de tudo terminado, fiquei muito feliz com as oportunidades que o meu trabalho me traz e voltei pra casa pra lá de satisfeita!
(Obs.: ah, pra quem perdeu a oportunidade de comprar a revista Viver Bem da GP, segue link pra reportagem que o Luan Galani fez, com fotos da Letícia Akemi. É só clicar:
AQUI )
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